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Flores do meu jardim

  • Foto do escritor: Ana Ramos
    Ana Ramos
  • 3 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Nestes dias, os de hoje, aqueles onde se escutam silêncios e colecções de outras vozes, onde os olhos acariciam os dias, as noites, os gestos e o amor, nestes dias, há que encher as mãos de coragem e desfilar pela estrada do futuro, pelo espaço de todas as vidas, de volta ao tempo, ao nosso tempo. Aquele que passou a uns metros de nós e, que, agora hesitante, regressa com a vida que outrora tinha. Nada será igual, mas há coisas que existem sempre. Hoje sei que há jardins com flores nas muitas tardes do mundo, há mães que avançam de frente para o mar, há filhos que baloiçam tranquilos ou ritmados pelos momentos do sonho. Sem olhar para trás, pedaços de flores do jardim caíram nas minhas mãos, depois no meu caderno, em dias de isolamento forçado. E lembrei-me de ti, mãe.

Sim, hoje é o dia da Mãe! Como tu as amavas, as flores! Sorrio sempre que te encontro aqui ao meu lado, vejo as tuas mãos, oiço a tua voz. Mostro-te na marca de novos dias, que nada foi em vão, pois que no pátio da casa, trazidos pelo vento chegam os risos das crianças. As outras flores do meu jardim...

A 03-05-2015, por ocasião do dia da Mãe, criei este poema. Talvez se riam de mim e destes versos, mas à luz deste dia apeteceu-me partilhá-los. Algures fora do tempo, cada vez mais perto de ti, mãe, serão a memória dos tempos: os teus e os meus:


Mães que de um país ao outro

se afadigam em conforto...

temem e se alegram

olham

buscam

e em carinhos se aventuram.

Amar sem condições

viver de ilusões,

e, entre o hoje e o ontem,

aprender com as lições.

Há um preço a pagar

não há como negar,

mas o melhor deste amar,

é olhar, abraçar, beijar.

Amanhã?

Amanhã, há o continuar…

Ana Ramos 03-05-2015


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