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Vigia dos areais - Forte Paimogo

  • Foto do escritor: Ana Ramos
    Ana Ramos
  • 20 de fev. de 2018
  • 1 min de leitura

Atualizado: 3 de nov. de 2018

O dia claro de hoje orientou os meus passos até à beira do oceano, local onde o olhar toca de mansinho todos os cromatismos que descansam no horizonte.

E por ali caídos à beira do caminho que conduz à praia de Paimogo (Lourinhã), espalhei os materiais de pintura e tracei sem laços nem limites, o mar, os montes, os buxos e demais paisagem que rodeia a fortaleza denominada Forte de Nossa Senhora dos Anjos de Paimogo.

Construído no século XVII (1674), fez parte da linha defensiva da costa portuguesa e da cidade de Lisboa após a revolta de 1640. Por esta época Portugal fortificava as suas fronteiras terrestres e marítimas, para impedir as invasões dos espanhóis que teimavam em não aceitar a nossa independência. Cumpriu o “nosso” forte a sua missão de proteger a praia de Paimogo do desembarque das tropas espanholas (e dos corsários), impedindo-os assim de chegar a terra firme.

Após o termo da guerra entre liberais e absolutistas foi abandonado, cruzando como herói as pregas e as marcas da vida que passa...

Entre o vazio e o silêncio foi-se arrastando amarguradamente, e hoje, apesar de estar classificado pela Direcção Geral do Património Cultural como imóvel de interesse público, o seu corpo inerte e frio segue em busca de mais mar, mais céu e mais vazio.


Os rabiscos que por ali fiz hoje, quiçá "visões" orientadas pela luz.




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