A brincar aos poetas
- Ana Ramos
- 14 de jan. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 3 de nov. de 2018
Não sou poeta, mas vou escrevendo alguns versos, quando surgem pensamentos que só parecem fazer sentido postos em palavras. Geralmente este "fenómeno" acontece-me em dias mais ou menos ocos, ou mais ou menos radiosos, que os temos todos, ou, não seríamos humanos.
Poema publicado na Antologia de Poesia Contemporânea da "Chiado Editora", Volume VI, 2015, (Tomo I)
Laços
Cantam-se silêncios,
tempos
e espaços.
Ligam-se nós,
vivem-se momentos.
Fogem silêncios,
solta-se a voz.
Melodia do dar,
com espaços, sem tempos…
Frenéticos os tempos
e as vontades.
Vive-se vivendo,
Não se ama, não se olha.
Verdades? Só por metades,
Não há momentos…
Ana Ramos

Poema publicado na Antologia de Poesia Contemporânea da "Chiado Editora", Volume VII, 2016, (Tomo I)
Aquela Eterna Criança
Cansada deste dia,
do corrupio das horas,
de viver na esperança,
de esperar pela mudança,
daquela eterna criança.
De silêncios cheias
as horas passam…
Os sonhos se sucedem,
os enfados se temem,
e a criança dorme.
Acorda impaciente.
Espera a hora e o momento
de crescer,
de viver,
de mudar.
Amanhã….
Amanhã é outro tempo.
Ana Ramos

Poema publicado na Antologia de Poesia Contemporânea da "Chiado Editora", Volume VIII, 2017, (Tomo I)
Fogem os sonhos
Perto da minha janela
vejo surgir o luar
e contemplo através dela
ali o sonho, além o mar…
Fogem a vida e os dias
em translúcido penar,
fogem sonhos e melodias
tremem pássaros ao voltear…
Daqui da minha janela
ouço-os cantar e vibrar
e penso naquela aguarela
que devo concretizar…
Passam horas. Nada existe…
Não há ânimos,
nem ousadias…
e nada há de mais triste
que ver passar os dias.
Ana Ramos

Fotos: www.chiadoeditora.com
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